Clube Ténis de Ermesinde Top 6


História do Clube

A ideia de criar este clube surgiu uma bela tarde de sol, junto ao edifício transparente na Foz...descontentes com a situação do seu antigo clube, um grupo de amigos decidiu partir à aventura e criar o seu próprio clube!

A ideia ficou em banho-maria por vários meses...como as coisas cada vez se tornavam mais surrealistas (para não chamar outra coisa...) no antigo clube, a ideia deixou de ser apenas um sonho e meteram mãos à obra.

Primeira grande questão, o que é um clube de ténis sem courts para jogar?

Após muitos neurónios queimados lembramo-nos dos courts de ténis que existem perto das piscinas municipais de Ermesinde. Fomos então averiguar o estado das instalações e qual o seu nível de ocupação. Para nossa alegria, os courts encontravam-se em boas condições, apesar de algum vandalismo e alguma necessidade de manutenção. A taxa de ocupação não era das maiores, o que nos fez acreditar que teríamos algumas possibilidades em dinamizar aquele espaço.

Entramos então na segunda questão, como comunicar o nosso interesse à CM Valongo?

Ao fim de algumas tentativas...conseguimos o milagre, lol! Através de um amigo de um dos associados conseguimos ter a tão desejada reunião com o Sr. Vereador do Desporto e Cultura, Eng. Mário Duarte. A reunião foi um sucesso! A CMV mostrou desde logo toda a abertura possível na cedência das instalações para a nossa escola de ténis, pondo apenas como condição a formação de uma associação.

A terceira, e grande questão, como se forma uma associação? O que é isso? Onde temos que nos dirigir? Estas e outras questões foram aparecendo e com muita procura e horas de espera, foram sendo respondidas...

Primeiro episódio: a busca na net. Navegamos por sites de vários clubes na esperança de encontrar algum relato como este, pois sites como o da associação ou da federação não dizem nada. Após várias buscas encontramos várias descrições sobre a criação de uma associação mas nada muito específico.

Segundo episódio: repartição das finanças de Ermesinde. Dirigimo-nos a um balcão para pedir informações, e fomos confrontados com a total ignorância sobre a criação de uma associação... mandaram-nos ir ao Notário e só depois passar por lá.

Terceiro Episódio: Notário de Ermesinde. Pela primeira vez tivemos uma informação relevante, teríamos que fazer uma escritura (algo que não ficaria barato), mas primeiro teríamos de nos inscrever no Registo Nacional de Pessoas Colectivas.

Quarto episódio: a net e o RNPC. Uma vez que não existe nenhuma delegação deste órgão na região Norte (não é onde existem mais pessoas colectivas???) e o governo lançou o programa Simplex, optamos pela inscrição via internet. O primeiro "tombo" deu-se nesta altura...e prontamente pago.

Quinto episódio: Exponor - Empresa na hora. O sócio nº 11, no intuito de nos ajudar, indicou-nos mais uma repartição do plano Simplex. Lá fomos nós esperar "apenas" duas horas para recebermos informação de que ali não faziam nada disso, uma vez que uma associação é parecido com uma empresa mas não é uma. No entanto, a espera não foi em vão, pois o simpático técnico forneceu-nos um panfleto (que pelos vistos estava online) com todos os passos necessários a dar para criação de uma associação. Eureka!!!!

Sexto episódio: a loooonnnngggggaaaaaa espera. Acreditando no plano Simplex (6 dias para registar o nome e receber o cartão provisório do RNPC), marcamos a escritura para oito dias depois do pedido...SOMOS MESMO CRENTES! Ao fim de aproximadamente 15 dias e dois telefonemas, chegou...

Sétimo episódio: a escritura. No notário tudo correu ás mil maravilhas, recebidos em cadeiras de cabedal e muita simpatia. O pior estava para vir...a dolorosa conta que ainda hoje penso que as folhas devem ter ouro lá dentro, veio pôr fim á nossa felicidade. O associado nº 4 sacou do seu cartão, inseriu o código, e pi pi pi...dinheiro insuficiente (faltavam 4 euros!). Lá tiveram os outros associados que puxar da carteira e dividir o calote.

Oitavo episódio: a Loja do Cidadão. Chegamos por volta das 17h30 de uma sexta-feira (os crentes parte II), retiramos senha na segurança social (nós e metade povo Português) e nas finanças. Passada meia hora dá-se o colapso do sistema de senhas, volta tudo ao zero, é o pânico na população. Ao fim de cinco minutos o funcionário para acalmar as pessoas a que faltavam poucos números para serem atendidos (e já lá estavam à cinco horas) informou que a contagem se manteria. Passado uma hora e depois de várias trocas de lugar (finanças-segurança social-finanças-...) a lei de Murphy aplicou-se, houve tantas desistências que fomos chamados quase em simultâneo aos dois departamentos. A nossa condição física e psicológica foi posta prova...mas a prova foi superada. Mas valeu a pena todo este esforço, pois os funcionários foram muito prestáveis e esclarecidos.

Nono episódio: início de actividade. De volta à repartição das finanças. o associado nº 1 teve a sua paciência posta à prova...dirige-se ao balcão e é informado que terá de aguardar, uma vez que o sistema informático não estava a responder. Ao fim de 5 minutos a funcionária sugeriu a compra do impresso na tesouraria, uma vez que o computador não desenvolvia. Na tesouraria, o funcionário fica escandalizado quando o associado lhe pede o impresso, telefonando de imediato para a repartição de finanças para esclarecimentos. Muito contrariado, pois achou estranho os computadores não funcionarem, lá vendeu o impresso em triplicado como manda a lei. O associado volta à repartição das finanças, começa a preencher os impressos, sendo interrompido pela funcionária que pergunta pela acta de tomada de posse. Uma vez que esta não se encontrava em sua posse, voltou a casa sem nada tratado. De tarde, já com 3 impressos preenchidos e com a acta de posse, o associado dirige-se de novo à repartição das finanças. É então informado que o computador se encontra a funcionar e os impressos já não são necessários (dinheiro e tempo perdido não foram reembolsados, lol). Passados 5 minutos, o Clube inicia a actividade por fim.

Décimo episódio: entrega de toda a papelada na CMV. Finalmente com toda a papelada necessária, quatro membros da direcção reuniram-se com o Vereador ficando a aguardar resposta. Posteriormente foram abordados para diversas reuniões com o Departamento de Desporto para ultimar diversos pormenores.

Décimo primeiro episódio: Finalmente em Março de 2007 é inaugurada a Escola de Ténis!!!!!!